O Lepo Lepo e uma coleção inteira de músicas nativas do
pagode baiano já eram conhecidas há um certo tempo (se não me engano, em
dezembro eu já ouvia elas por aí), mas é elementar que ultimamente esse “fenômeno”
tem se alastrado e atingido, inclusive, a massa populacional brasileira.
Bem, dizem que todos têm direito a ter sua opinião
respeitada, e eu também. E, o que eu acho sobre isso? Bem. Não é que seja - de todo - ruim,
mas digo que a música brasileira e, especialmente o pagode baiano, está
perdendo a beleza. Antigamente costumávamos ouvir músicas cheias de um
significado melódico, geralmente de aspecto lindamente emocional, que implicava prazer ao se ouvir. Hoje, as músicas não têm um significado sadio, penso - estão carregadas de um duplo sentido cruel, que tende cada vez mais falar não sobre amor, nem sobre sentimentos, mas sobre sexo, e tão somente sexo - como se tudo não passasse de um escroto contato carnal. Influenciando diretamente no corretamento de garotas de 12 anos que passam a andar com shortinhos "atolados" e, na realidade desagradável da prudência brasileira, engravidam.
Esse estilo "universitário", que de universitário não tem nada, vem, em minha concepção, destruindo o conceito de música brasileira. A privatização da música somente para aqueles que têm talento e afinação perdeu lugar neste país - é assim que os artistas brasileiros vão se tornando desvalorizados -. Será que tenho eu, um ótimo cantor de chuveiro com PhD em apreciar cultura estrangeira, razão?
O a música - e acima de tudo o clipe - retrata o cenário da venda de uma imagem de uma falsa felicidade. A busca das pessoas pela beleza incondicional, e a forma como são manipuladas por esse desejo, sem desconfiar que todas aquelas influências que as fazem seguir um modelo de imagem, são exuberantemente editadas, não correspondem com a realidade e, na realidade, estão longe de alcançarem a perfeição. Na música, a letra sugere que o melhor é ser você mesmo e deixar de dar valor a marcas, parar de tentar ser perfeito, e acima de tudo, não ser um mero produto de propagação de padrões.
O que aprendemos tudo isso? Primeiro que, a música brasileira têm se afastado do conceito de boa, de útil e, em todo caso, poética. E, segundo, que me orgulho de ser um, como dizem, idolatrador da cultura estrangeira.
Essa música... Como uma grande admiradora e falante de francês, eu adoro a Boggie. Ela é uma pessoa corajosa por fazer um video desses, e podia ser severamente criticada por todas as marcas que cita ali. Mas não <3 Nunca. Boggie pode ser chamada de gênio, pra mim
ResponderExcluirVOCÊ TAMBÉM FALA FRANCÊS? <3 Também amo aquela moliér. E, particularmente, eu acho que a parte das marcas tem os fonemas mais legais da música (depois de "Le nouveau parfum, c'est moi-même, nouveau parfum"). A propósito, vamos morar na França? -q
ExcluirBrasil. A qual fim levará este trilho pelo qual caminhamos? Se nem a música brasileira tem evoluído - ou, pelo menos, se mantido como estava -, como podemos ter alguma esperança acerca da prosperidade de nossa nação?
ResponderExcluirAdorei o post.
Beijos <3
Obrigado pela visita Danny :D
ExcluirVolte sempre!
Ai meu Deus, essa músicaaaaaaaaaa <3
ResponderExcluirSó não consigo cantar, mas vou tentando. Post excelente. *--*
Heloísa.
Haha. A forma como ela pronúncia o nome das marcas é bem distinto, pois ela junta algumas sílabas de palavras diferentes e separa sílabas da mesma palavra. Mas eu consigo u.u
ExcluirObrigado pela visita!
somos dois. Detesto esse tipo de 'cultura' brasileira, e mesmo correndo o risco de ser chamada de intolerante, não sou obrigada a tolerar 'músicas' de péssimo conteúdo só por serem hits' nacionais do momento.
ResponderExcluirhttp://torporniilista.blogspot.com.br/
Vou dar uma olhadinha no seu blog xD.
ExcluirObrigado pela visita!