terça-feira, 25 de março de 2014

Tudo no mundo começou com um sim.

“Tudo no mundo começou com um sim.” Tenho razões claras e persuasivas que salva – se dessa vasta gama ‘tudo’, a literatura brasileira. Sim. Talvez tenha começado por “Quem sabe!?”. Usurpados mais uma vez, em mais um âmbito, em mais um sentido, porém com a mesma sordidez e falta de piedade. 

No meio de uma sociedade esponja – o que o Brasil sempre foi -. Esponja, dessa que você está pensando, que retêm e absorve. Ainda não de modo tão pejorativo, pois é a valida a justificativa de que a população estava em formação, embora eu acredite piamente que a partir daquele ponto, caminhamos ao regresso e deterioração cultural. Houve um aglomerado de influências paralelamente com a aculturação. Uma verdadeira balburdia! 

E nesse meio catastrófico, onde nem as primeiras descrições das terras tupiniquins pertence a nós, “tupiniquienses”, surge a figura representante – ou não – do que seria a escrita em solo brasileiro. Gregório de Matos, carinhosamente apelidado de boca do inferno. Homem de visões, paixões, comoções e razões. Seria ele o início da minha, da sua e da nossa literatura? Bom, quem sabe!? O cujo dito, tinha tanta distinção e respeito por isso, que até hoje ao menos sabemos se o que “ele escreveu, de fato foi ele que escreveu”. 

Essa situação não é novidade pois já ouvimos falar de um tal de Sócrates, e de Jesus, mas para evitar alardes irrelevantes, vamos nos ater apenas no primeiro exemplo. Graças a Platão, temos contato com as sabias palavras proferidas – ou não – pelo homem que viria a ser o divisor de águas da filosofia Ocidental. E é possível que tamanho feito seja resultado de situações ilusórias, imaginadas por esse que emprega os direitos autorais, ao suposto mestre. 

Não nos cabe “Daí a César o que é de César”, até porque se César fosse naturalizado brasileiro, ainda sim. Isso não significaria nada. Logo “Até tu Brutus” teria igualmente nenhuma valia para literatura brasileira. Nem se Brutus estivesse sido nascido e criado nessa pátria amada. Quem sabe!?
- por Isa Cunha

4 comentários:

  1. Dou valor sim à cultura nacional, isso não quer dizer que não deva admirar culturas estrangeiras. O interessante é que, os resquícios de cultura no Brasil são mínimos, e é isso que nos leva a valorizar o estrangeiro, como mesmo cito um outro post do Blog, que se bem visto, apresenta relação com este.
    Beijos.
    Malu <3

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    1. Olá Malu!
      Compartilho do seu pensamento e fico feliz por estar acompanhando o blog. Isso é muito importante pra mim!
      Beijão! õ/

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  2. Ótimo texto. Realmente, temos que valorizar o produto nacional, nossa literatura é riquíssima Parabéns pelo blog! Já estou seguindo =)
    http://cafeeespadas.blogspot.com.br/

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    1. Obrigado Victor! Já acompanho seu blog há um tempo, fico feliz por visitar o meu também! :)
      Abraços!

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