segunda-feira, 16 de junho de 2014

[RESENHA] A Ordem Perdida - Gabriel Schimidt



Título: A Ordem Perdida
Autor: Gabriel Schmidt
Editora: Novo Século - Novos Talentos
Páginas: 167 - 1ª Edição

Sinopse: A Liga dos Yethis traz consigo o espírito de seis jovens guerreiros que precisam encontrar a Ordem. Um pequeno artefato que não demonstra o quanto a existência da humanidade depende dele. Ável com seus amigos terá de enfrentar inúmeros inimigos, diversas dimensões e poderes; além da fúria dos deuses adormecidos. Acompanhe a corajosa trajetória desse grupo que promete não desistir de sua busca.

A Ordem Perdida, o primeiro de uma série de sete livros escrita por Gabriel Schimidt trata de uma mitologia de deuses e titãs, e consequentemente suas atividades no espaço. Apesar de ser elaborada com base no modelo grego, não segue suas predeterminações, criando assim uma mitologia totalmente nova, a ser explicada inicialmente no prólogo do livro. Neste primeiro volume, a representação da ordem é raptada por uma entidade maligna para satisfazer seus misteriosos planos, e cabe  a uma série de personagens encontrá-la.
Sim, uma série de personagens.  O livro introduz uma quantidade estonteantemente grande de deuses, e com eles vem sua quantidade ainda mais estonteante de proles humanas (chamadas no livro de Yethis) e relações interpessoais, o que acaba se tornando pesado para um livro de 166 páginas, tornando praticamente, senão impossível, memorizar as informações básicas de cada personagem, e ao tentar lembrar implicitamente estas informações ao leitor nas passagens do livro, o autor cometeu alguns atropelos, deixando a atmosfera do livro um pouco granulada.
O livro é bastante dinâmico, alternando o ponto de vista do livro a cada capítulo para uma personagem diferente, o que nos dá a oportunidade de conhecer um pouco melhor cada personagem diante da extensa quantidade destes. 
Os Yethis estudam e residem por uma temporada única no ano no Castelo dos Yethis, onde se dividem de acordo com o deus que o gerou, cada uma destas divisões ocupando uma mesa e um dormitório, assemelhando-se explicitamente ao castelo de Hogwarts e ao Acampamento Meio-Sangue, instituições provenientes, respectivamente, das sagas Harry Potter e Percy Jackson. Outra semelhanças com estas se dão no fim do livro e na passagem "não é você que escolhe a arma, é a arma escolhe você". No entanto, apesar de Gabriel ter se inspirado bastante em ambos os livros, isso só ajudou a tornar A Ordem Perdida uma narrativa mais divertida e nostálgica, fazendo com que muitos fãs destas sagas que se findaram gostem do livro.
- Espere só um minuto... - interferi. - Você quer ir lá no meio daquele pessoal e simplesmente pegá-la pelos braços e levá-la para dentro do carro?
- Eu não explicaria melhor. (LISPECTOR, Harte)
O livro possui uma capa bastante significativa quanto ao conteúdo do livro, com uma ilustração de um castelo desfocada e escura em primeiro plano, tendo ao longe a ilustração de uma praia, com alguns prédios no fundo, evidenciando a existência oculta do castelo dos Yethis e da presença sobrenatural no Rio de Janeiro.
Há também ao longo do livro alguns erros gritantes de ortografia, pontuação, concordância e continuação, mas nada que influa no entendimento do mesmo. 


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Compre o livro: Novo Século | Livraria Cultura | Saraiva



Esta resenha está participando do Desafio das Mil Páginas. Status: 1010/1000

4 comentários:

  1. Eu estava louca por esse livro! Quero muito conhecer esse livro brasileiro com deuses e titãs pois amo PERCY <33
    Parabéns pela resenha e pela parceria Luiz.
    http://garotaliterary.blogspot.com.br/

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  2. Olá, além dos erros gritantes a semelhança com PJ e HP é também muito gritante, talvez todo livro novo tem que ter uma pegada de uma dessas grandes sagas. Parabéns pela resenha.
    http://marcasliterarias.blogspot.com.br/

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  3. Acho que se inspirar em alguma obra não tem problema algum, o problema é ter o discernimento para aceitar as críticas quanto as comparações que serão inevitáveis. Torço para que o romance seja legal, não custa nada dá uma olhada não é mesmo!

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  4. Primeiro de tudo: ótima resenha, Lu! Me atiçou de um jeito que você nem pode imaginar. Particularmente, não é um livro que eu compraria pela capa ou pelo enredo, mas é justamente por isso que lemos as resenhas, não é mesmo? Acho que essa parada das pessoas se inspirarem em outras sagas é saudável se colocada da forma certa, afinal de contas, "na natureza, nada se cria" (embora eu me recuse a completar a frase e troque para "tudo se inspira"). Eu fiquei curiosa, quase tanto quanto fiquei com a Arma Escarlate. Veremos, né? Vou tentar lê-lo em breve e digo o que achei, pois é! ;)

    http://entresonhoseletras.blogspot.com/

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