segunda-feira, 3 de março de 2014

O Teorema Katherine - A Matemática do amor.



Quando se ouve falar em teorema – a não ser que você seja algum matemático – logo sobe à cabeça uma ideia de teoria, aquilo que defendemos sem mais nem menos, apenas por achar que nosso pensamento está correto e que não deve ser descontinuado. Basicamente, é isso que move o livro agora resenhado.

Colin Singleton, um prodígio que se apaixona por Katherine’s – mas não Katerinas, Katrinas, e, Deus o livre, Catherines -, acabou de sair arrasado de um relacionamento com a 19ª Katherine de sua vida e então cai na estrada com seu amigo Hassan, a fim de tentar esquecer a tão amada ex-namorada. É então que, ao chegar numa cidade – um tanto quanto rural – chamada Gutshot, Colin tem seu momento eureca ao esboçar um Teorema de previsibilidade de relacionamentos amorosos.

O Teorema Katherine é um livro apaixonante, complexo e extremamente engraçado. As sátiras de Hassan, a intelectualidade profunda do prodígio Colin, e a imprevisibilidade e praticidade de Lindsey arrancam do leitor gargalhadas profundas – do tipo que a pessoa para de rir e então se lembra de rir novamente-.

Garanto a quem ler, que ao virar a última página do livro estará com um vocabulário renovado e cheio de expressões estrangeiras e cômicas – por exemplo, Sitzpinkler (alemão) e Fugging (explicação sobre isso no próprio livro)-.

Apesar de ser um livro humorístico e um tanto quanto interessante, digo que só comecei a gostar realmente da obra por volta da página 150, pois tem uma introdução muito aleatória e carregada de flash-backs que acabam denotando tédio e atrasando a leitura do livro.

Sobre a diagramação, o livro tem uma capa bonita e talvez chamativa – ao menos dá um orgulho de ter na estante -. O papel é nosso querido Pólen Soft, mas a leitura deixa a desejar quando se trata da tipologia diferente – e que fez meus olhos estranharem o livro, a princípio-.

Há quem diga que os livros de John Green são pura modinha adolescente – particularmente, eu também defendia este argumento mesmo sem lê-los – e portanto, iniciei a leitura de seus livros com O Teorema Katherine para confirmar ou declinar esta ideia. Só tenho três palavras para resumir isso. É-T-U-D-O-M-E-N-T-I-R-A. À primeira vista, John Green é um ótimo escritor que aborda temas no mínimo interessantes – e no mais exóticos – que prendem o leitor do começo até o fim (ou do meio, como em O Teorema Katherine).

Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.


Avaliação
Contexto - 5 estrelas
História - 5 estrelas
Fidelidade - 5 estrelas
Desfecho - 5 estrelas
Diagramação - 3 estrelas
Linguagem - 5 estrelas
Primeiro Capítulo - 1 estrela

É só que, eu aprendi um tempo atrás que, a melhor forma de fazer as pessoas gostarem de você é não gostar muito delas. (LISPECTOR, Lindsey)

2 comentários:

  1. Eu terminei de ler esse livro ontem e adorei!!!! Vi muitas críticas negativas sobre ele, mas achei bem divertido... Adorei a resenha!

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  2. Realmente. Apesar de o livro ser interessantemente divertido, devo concordar que somente mais ou menos próxima à metade do livro comecei a gostar de verdade do livro. Antes disso eu lia um pouco, parava, bebia água, lia um pouco, saia um pouco... mas nunca ficava lendo por muito tempo por conta do tédio. Ótima resenha. Traduz bem o que senti durante a leitura.

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